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Percursos Cotidianos, Cidade-escola

arquitetura cultural, 2018

O trabalho final de graduação foi, para além de um exercício de projeto, a redescoberta de um lugar: o centro de Campinas, onde nasci e morei até entrar na universidade. A escolha da minha cidade natal como objeto de estudo foi uma tentativa de ressignificar - num só mergulho - minha relação com este lugar. Depois de revisitar o baú de memórias, decidi que minha experiência cotidiana na cidade seria o ponto de partida para o projeto. Busquei criar uma trama de relações entre minhas referências enquanto estudante de arquitetura e aquelas produzidas na infância para usá-la como ferramenta de projeto.


Cinco equipamentos públicos em cinco endereços compõem o programa de uma escola de artes. Distantes 250 metros entre si, sugerem o caminhar pelo centro. O centro de Campinas possui muitos vazios - físicos e simbólicos - que ficaram como herança das transformações que se sucederam no tempo. É curioso pensar que se todos os vazios fossem ocupados por novas construções, uma nova imagem da cidade poderia se formar e se impor diante da atual. De fato, são inúmeras as possibilidades de intervenção, comportando projetos de diversas escalas. A complexidade, contudo, está na ação de intervir no centro a partir de um olhar contemporâneo e, ao mesmo tempo, com respeito às camadas históricas que guardam a memória e refletem no ambiente construído a identidade coletiva do lugar. Em relação ao programa da escola, os cinco equipamentos - refeitório, estúdios, biblioteca, oficinas e teatro - compõem uma unidade a ser replicada, incorporando os equipamentos existentes à nova dinâmica escolar.


No cenário imaginado, a escola - ao ocupar a cidade - faz da cidade a própria escola.

ficha técnica: ano: 2018 localização: Centro, Campinas
status: Projeto acadêmico, trabalho final de graduação
faculdade: FAUUSP orientador: Alexandre Delijaicov
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